Claro que uma vitória do Massa gera emoção por aqui. O domingo fica mais alegre e o campeonato mais atraente com o sonho de comemorar um título mundial. Felipe Massa acertou no GP da Turquia, considerado o mais desgastante pelos pilotos que correm sob um calor de 36 graus e ventos fortes.
A estrela do brasileiro começou a brilhar no sábado ao conquistar a pole position. Durante a corrida, manteve um bom ritmo, não cometeu erros e ainda conseguiu evitar que a tomada de ar do seu capacete, que soltou na 27ª volta, atrapalhasse a sua concentração. O segundo pit stop, uma volta após o de Raikkonen, era o que faltava para terminar a prova em primeiro, tirando as chances de ultrapassagem pelo seu companheiro ferrarista.
Para efeitos de campeonato, a vitória de Massa o colocou em terceiro lugar com chances, ainda que apertadas, de disputar o título que poderá ser decidido em Interlagos. As próximas etapas, Itália e Bélgica, parecem favoráveis à Ferrari e reforçam seu otimismo. A bem sucedida performance de Massa deve ser reconhecida, só não dá para afirmar que Istambul foi palco da "corrida mais emocionante dos últimos 20 anos", como fez Christiane Pelajo no Jornal da Globo. Acho que ela quis dizer dois anos. Mesmo assim!
terça-feira, 28 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Fórmula 1: Turquia
Felipe Massa venceu pela segunda vez o GP da Turquia. Largou na pole, acertou na estratégia de paradas e praticamente liderou as 58 voltas seguido pelo seu companheiro na Ferrari, Kimi Raikkonen. Uma corrida ok, sem muito a comentar. Aliás, esse foi o grande esclarecimento do curso que tive sobre cobertura automobilística na USP. É cada vez mais difícil fazer um bom texto sobre as corridas. Como o negócio envolve muito dinheiro, a informação disponível para a imprensa é altamente controlada e não são poucos os textos da mídia que se repetem. Além da falta de acesso pelo jornalista, a regularidade é a marca deste Mundial. Ferrari e MacLaren juntas ficaram com 32 prêmios dos 36 distribuídos ao longo do campeonato até agora. O tarimbado Flavio Gomes escreveu em seu blog que as outras equipes deveriam corar de vergonha. Concordo, Flavinho.
Eu que não sou nenhuma especialista em F-1, mas tenho uma profunda paixão pelo esporte, decidi participar da cobertura. Apesar dos limites, um repórter que ama o assunto está em vantagem e tem condição de realizar um bom trabalho. Para me auxiliar, acompanho os blogs dos profissionais que acumulam uma experiência invejável no meio. Alguns deles já estiveram em mais de 200 GPs. A única oportunidade que tive até hoje de ouvir o ronco dos motores de pertinho foi na última corrida de Ayrton Senna no Brasil, que abriu o Mundial de 1994. Assiti ao treino oficial no sábado com o ingresso do meu tio que só viria do Rio a São Paulo no domingo. Fiquei bem em frente ao box da Williams-Renault, a nova equipe de Senna. Eu tinha 16 anos e acompanhava a F-1 seguindo a euforia dos homens da minha família que adoravam automobilismo. Fui contagiada e sem me dar conta virei uma mulher que gosta de F-1.
O jornalista Fabio Seixas, Folha de S. Paulo, arriscou um palpite sobre o resultado do GP da Turquia minutos antes da prova começar. Massa em primeiro, Raikkonen em segundo e Fernando Alonso em terceiro. Que acerto, hein, Fabio?! Vou começar a treinar para chegar ao seu nível. Brincadeiras à parte, acho que o mais valioso é fazer um texto conseguindo fugir da previsibilidade que o esporte vive atualmente. Para isso, tenho muito o que aprender com Fabio Seixas, Flavio Gomes, Livio Oricchio, e tantos outros nomes de importância reconhecida na cobertura de F-1. Nos vemos em Monza!
Eu que não sou nenhuma especialista em F-1, mas tenho uma profunda paixão pelo esporte, decidi participar da cobertura. Apesar dos limites, um repórter que ama o assunto está em vantagem e tem condição de realizar um bom trabalho. Para me auxiliar, acompanho os blogs dos profissionais que acumulam uma experiência invejável no meio. Alguns deles já estiveram em mais de 200 GPs. A única oportunidade que tive até hoje de ouvir o ronco dos motores de pertinho foi na última corrida de Ayrton Senna no Brasil, que abriu o Mundial de 1994. Assiti ao treino oficial no sábado com o ingresso do meu tio que só viria do Rio a São Paulo no domingo. Fiquei bem em frente ao box da Williams-Renault, a nova equipe de Senna. Eu tinha 16 anos e acompanhava a F-1 seguindo a euforia dos homens da minha família que adoravam automobilismo. Fui contagiada e sem me dar conta virei uma mulher que gosta de F-1.
O jornalista Fabio Seixas, Folha de S. Paulo, arriscou um palpite sobre o resultado do GP da Turquia minutos antes da prova começar. Massa em primeiro, Raikkonen em segundo e Fernando Alonso em terceiro. Que acerto, hein, Fabio?! Vou começar a treinar para chegar ao seu nível. Brincadeiras à parte, acho que o mais valioso é fazer um texto conseguindo fugir da previsibilidade que o esporte vive atualmente. Para isso, tenho muito o que aprender com Fabio Seixas, Flavio Gomes, Livio Oricchio, e tantos outros nomes de importância reconhecida na cobertura de F-1. Nos vemos em Monza!
domingo, 26 de agosto de 2007
Saudade da vida que eu não tive
Irônico, contraditório, precipitado. Um sentimento altamente questionável. Sim, eu sei. Aos leitores, eu peço que não se preocupem em me animar, isso é só um desabafo e não um decreto de vida. Ouvi agora há pouco que James Dean aconselhava a se viver intensamente sem se preocupar com o futuro. Existem jovens que vivem como velhos. Velhos que vivem em busca da vitalidade. Onde me encaixo?
Não sei. A verdade é que admitir que sinto saudade da vida que não vivi, aos 20 anos de idade, seria prematuro demais. Aos 30, talvez nem tanto. Sinto falta das viagens que não realizei, dos beijos que não dei, do carinho que não troquei. Do "sim" que não falei, do olhar que não encarei, do abraço que não compartilhei. Do emprego que não tentei, do chefe que não questionei, do colega de quem discordei. Do salário que não ganhei, da idéia que não comprei, do argumento que não revelei. Do "não" que disfarcei, do amor que não tentei, do tempo que desperdicei. De tudo aquilo que sonhei.
Não sei. A verdade é que admitir que sinto saudade da vida que não vivi, aos 20 anos de idade, seria prematuro demais. Aos 30, talvez nem tanto. Sinto falta das viagens que não realizei, dos beijos que não dei, do carinho que não troquei. Do "sim" que não falei, do olhar que não encarei, do abraço que não compartilhei. Do emprego que não tentei, do chefe que não questionei, do colega de quem discordei. Do salário que não ganhei, da idéia que não comprei, do argumento que não revelei. Do "não" que disfarcei, do amor que não tentei, do tempo que desperdicei. De tudo aquilo que sonhei.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
A Paulista dos meus sonhos
Ontem, estava na sala de espera para uma consulta médica, circunstância que me fez buscar entre revistas, jornais e livros um antídoto para a ansiedade. Normalmente não encontro em consultórios leituras do meu interesse, o que chega a ser uma desculpa forçada para sair um pouquinho da minha esfera de conforto e aprender coisas novas. Por mais que eu olhe e pense "ah, detesto isso". Nesse exercício acabo esquecendo que o médico está atrasado ou aceito, menos contrariada, que chamem outro paciente na minha frente.
Foi assim que encontrei um livro que mostrava a evolução da avenida Paulista desde a sua construção até os anos 2000. Saí vitoriosa dessa batalha mental, totalmente desnecessária, uma vez que na sala de espera existia apenas um concorrente, tímido e pouco interessado em ler, que logo foi chamado pelo médico.
Todos os dias passo pela Paulista. Não moro ali perto, muito menos trabalho nos elegantes e movimentados prédios da avenida. Também não tenho parentes nem vivo um caso de amor com algum morador da região, o que seria uma ótima ideia. Entretanto a Paulista me chama todas as noites para suadas horas de ginástica na academia que frequento há mais de um ano e que está localizada num dos pontos mais conhecidos de lá, o Conjunto Nacional.
Com o livro em mãos, conheci a avenida Paulista do uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, uma estrada de terra, cheia de árvores, sem iluminação, praticamente deserta. Mesmo longe de lembrar a imponente Paulista de hoje, ela nasceu de um projeto similar às grandes avenidas europeias da época: larga e extensa, com dois mil e oitocentos metros de comprimento. Algumas fotos à frente, descobri uma Paulista de três vias, asfaltada com material alemão, pronta para acomodar a elite do café e a crescente burguesia industrial. No início, as residências eram frequentadas só nas temporadas de verão. Aos poucos, as ricas famílias brasileiras deixaram as cidades do interior e regiões centrais de São Paulo para habitar mansões luxuosas à beira da avenida, que passou a se chamar Paulista "em homenagem aos paulistas". Suas transversais e paralelas como Campinas, Lorena, Santos e Jaú, foram homenagens às cidades do interior do Estado.
Não pude avançar muito mais na história porque logo fui chamada à consulta. Também não sei o quanto estava interessada em ver a modernização da avenida e conhecer mais profundamente o surgimento de seus edifícios e grandes construções. Cheguei a descobrir alguns dados curiosos sobre o Conjunto Nacional e notei que o lugar onde piso todos os dias teve uma importância histórica maior do que imaginava e que por ali passaram grandes presidentes, artistas famosos e famílias ilustres exibindo um requinte que hoje não se vê mais entre os visitantes.
Esqueci de mencionar o endereço do consultório em que estava: Praça Oswaldo Cruz, número 124, início da Paulista no bairro do Paraíso, razão para encontrar um livro que contava a história da avenida. Encerrada a consulta, lá fui percorrer uma Paulista bem diferente daquela das fotos. Inevitavelmente, passei a me imaginar atravessando a avenida larga e arborizada de 1900. Quanto tempo levaria para chegar ao fim? Quantos motoristas estariam à frente? Andaria de bonde ou de charrete? No primeiro semáforo em que parei notei que a avenida está em obras, o trânsito parece ainda mais intenso, os cruzamentos mais caóticos e os dois mil e oitocentos metros mais extensos. Abri um sorriso e senti uma enorme satisfação. Joaquim Eugênio de Lima daria tudo para estar no meu lugar cruzando a sua Paulista.
Foi assim que encontrei um livro que mostrava a evolução da avenida Paulista desde a sua construção até os anos 2000. Saí vitoriosa dessa batalha mental, totalmente desnecessária, uma vez que na sala de espera existia apenas um concorrente, tímido e pouco interessado em ler, que logo foi chamado pelo médico.
Todos os dias passo pela Paulista. Não moro ali perto, muito menos trabalho nos elegantes e movimentados prédios da avenida. Também não tenho parentes nem vivo um caso de amor com algum morador da região, o que seria uma ótima ideia. Entretanto a Paulista me chama todas as noites para suadas horas de ginástica na academia que frequento há mais de um ano e que está localizada num dos pontos mais conhecidos de lá, o Conjunto Nacional.
Com o livro em mãos, conheci a avenida Paulista do uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, uma estrada de terra, cheia de árvores, sem iluminação, praticamente deserta. Mesmo longe de lembrar a imponente Paulista de hoje, ela nasceu de um projeto similar às grandes avenidas europeias da época: larga e extensa, com dois mil e oitocentos metros de comprimento. Algumas fotos à frente, descobri uma Paulista de três vias, asfaltada com material alemão, pronta para acomodar a elite do café e a crescente burguesia industrial. No início, as residências eram frequentadas só nas temporadas de verão. Aos poucos, as ricas famílias brasileiras deixaram as cidades do interior e regiões centrais de São Paulo para habitar mansões luxuosas à beira da avenida, que passou a se chamar Paulista "em homenagem aos paulistas". Suas transversais e paralelas como Campinas, Lorena, Santos e Jaú, foram homenagens às cidades do interior do Estado.
Não pude avançar muito mais na história porque logo fui chamada à consulta. Também não sei o quanto estava interessada em ver a modernização da avenida e conhecer mais profundamente o surgimento de seus edifícios e grandes construções. Cheguei a descobrir alguns dados curiosos sobre o Conjunto Nacional e notei que o lugar onde piso todos os dias teve uma importância histórica maior do que imaginava e que por ali passaram grandes presidentes, artistas famosos e famílias ilustres exibindo um requinte que hoje não se vê mais entre os visitantes.
Esqueci de mencionar o endereço do consultório em que estava: Praça Oswaldo Cruz, número 124, início da Paulista no bairro do Paraíso, razão para encontrar um livro que contava a história da avenida. Encerrada a consulta, lá fui percorrer uma Paulista bem diferente daquela das fotos. Inevitavelmente, passei a me imaginar atravessando a avenida larga e arborizada de 1900. Quanto tempo levaria para chegar ao fim? Quantos motoristas estariam à frente? Andaria de bonde ou de charrete? No primeiro semáforo em que parei notei que a avenida está em obras, o trânsito parece ainda mais intenso, os cruzamentos mais caóticos e os dois mil e oitocentos metros mais extensos. Abri um sorriso e senti uma enorme satisfação. Joaquim Eugênio de Lima daria tudo para estar no meu lugar cruzando a sua Paulista.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Aqui está, Evelyn!
Uma grande amiga me sugeriu fazer um blog. Um pedido que vem recheado de elogios e incentivos vira uma brilhante idéia impossível de ignorar. De fato, é impossível deixar pra lá qualquer comentário que venha dela. Aqui estou e aqui está o meu blog! Começando ainda sem saber ao certo o que dizer, pra onde ir, como chamá-lo. Por isso resolvi que Bola de cristal seria um nome adequado porque estou em busca de decifrar o meu destino. Vamos lá... ou melhor, tô indo e você vem comigo até onde isso chegar. Um beijo, seja bem-vindo!
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