sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Não procure saber onde estou
Quero um banco, quero um beco, uma forma de tropeço. Tire-me daqui. Expulsa-me. Estou presa. Vire a página desta história. Qual é mesmo aquele livro? Que conta outra glória? Esqueci-me do urgente. Deixei para outra hora, sem pressa, sem gente. Era só no meio de tudo. Um isolamento do mundo. Arrastava-me sem rumo. Não cheguei a tempo. Continuo a procura de um lugar fora daqui. Um banco, um beco, um espaço só para mim. Não encontro. Meu projeto de vida. Desejos a consumir. Um fim é só fim. Estou aqui. Quero um banco, quero um beco, uma forma de tropeço. O lugar que eu mereço.
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